Logo

Bruno Lage já não é treinador do Benfica

Bruno Lage já não é treinador do Benfica Bruno Lage deixa o Benfica - Foto: IMAGO

 O Benfica prescindiu do treinador Bruno Lage em setembro para salvaguardar a época da equipa de futebol em 2025/26, justificou hoje o presidente ‘encarnado’, Rui Costa, horas depois da derrota frente ao Qarabag (3-2), na Liga dos Campeões.

“Não hipotecamos nada, não perdemos nada nem deixamos de estar em nenhuma competição, mas entendo que este é o momento de trocar, precisamente para não hipotecar a época”, assumiu o dirigente, em conferência de imprensa no Estádio da Luz, em Lisboa, agradecendo o contributo do técnico na segunda passagem pelas ‘águias’.

Bruno Lage, de 49 anos, deixou o comando do Benfica, rescindindo com efeitos imediatos o contrato extensível até junho de 2026, na sequência da derrota com reviravolta frente ao tetracampeão azeri Qarabag, na primeira jornada da fase de liga da Liga dos Campeões.

“Foi uma semana dura para todos os benfiquistas e lamento pelos dois últimos jogos, que foram totalmente inesperados em função dos nossos objetivos. O treinador que vier tem de ter um perfil ganhador, com capacidade para pôr esta equipa nos patamares que são exigíveis, e que nos dê os títulos que pretendemos”, observou.

Questionado sobre o sucessor de Bruno Lage, que tinha voltado ao Benfica em setembro de 2024 para substituir o alemão Roger Schmidt, após uma primeira passagem, de 2019 a 2020, Rui Costa não revelou qual é a sua preferência, mas disse esperar que essa decisão fique consumada antes da visita ao AVS, no sábado, da sexta jornada da I Liga.

Bruno Lage saiu ao fim de sete vitórias, dois empates e uma derrota em 10 jogos em 2025/26, com o presidente a sentir dificuldades para explicar a recente quebra de resultados da equipa, “apesar de uma época bastante atípica, que não serve de desculpa”.

“Vale a pena lembrar o período que tivemos de descanso e de preparação. Desde então e até hoje, a equipa não parou. A única altura foi quando tivemos o plantel quase todo nas seleções. Estes dois jogos deixaram uma marca e há que tentar mudar este rumo”, notou.

Os ‘encarnados’ iniciaram a temporada com a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira frente ao bicampeão nacional Sporting (1-0), no Algarve, sendo que, depois, qualificaram-se para a fase de liga da Liga dos Campeões, ao afastarem os franceses do Nice na terceira pré-eliminatória e os turcos do Fenerbahçe, então treinados pelo português José Mourinho, no play-off.

Uma série de sete vitórias e um empate, com sete jogos consecutivos sem sofrer golos nas diversas competições, pautaram o arranque do Benfica, mas, já depois da primeira paragem da I Liga para os compromissos das seleções nacionais, as ‘águias’ deixaram-se empatar em tempo de compensação na receção ao Santa Clara (1-1), da quinta jornada, atuando contra 10 unidades desde os 38 minutos, por expulsão do brasileiro Paulo Victor.

A contestação dos adeptos agudizou-se na terça-feira, quando o Benfica desaproveitou uma vantagem de dois golos e perdeu na receção Qarabag, precipitando o fim da segunda passagem de Bruno Lage pela equipa principal ‘encarnada’, marcada pela conquista de uma Taça da Liga, na época passada, e de uma Supertaça.

“Sou muito apologista da continuidade dos projetos. Na época passada, acabámos por não ser campeões e por não ganhar a Taça de Portugal, mas, a uma semana do fim, tínhamos tudo em aberto para poder ganhar tudo. Fomos para o Mundial de clubes e chegámos aos oitavos de final, sendo eliminados pelo campeão [Chelsea]”, recordou.

Bruno Lage foi o quarto treinador do Benfica na presidência de Rui Costa, iniciada em julho de 2021, na sequência de Jorge Jesus (2021), Nélson Veríssimo (2021/22), que atualmente comanda a equipa B ‘encarnada’, da II Liga, e Roger Schmidt (2022-2024).

“Além da confiança que mantinha em Bruno Lage e da importância de dar seguimento ao trabalho, considerava que era uma irresponsabilidade hipotecar a época logo no princípio. Isso significaria entrar para 2025/26 sem pré-época e com um treinador novo, que não iria conhecer os jogadores em período de mercado. Os resultados deram-me razão”, avaliou.

As ‘águias’ oficializaram a mudança técnica a 38 dias das eleições dos órgãos sociais do clube para o quadriénio 2025-2029, que estão agendadas para 25 de outubro e têm seis candidatos assumidos, incluindo o ex-futebolista e capitão e atual presidente Rui Costa.

“Independentemente das eleições, um treinador está sempre a prazo. Não pude evitar esta decisão, assim como não posso evitar contratar um novo técnico para assegurar o futuro da equipa”, concluiu.

Na I Liga, o Benfica é quarto classificado, com 10 pontos, cinco abaixo do líder isolado FC Porto, mas tem em atraso a receção ao Rio Ave, da jornada inaugural, que se vai realizar na terça-feira, três dias depois da visita ao AVS, 17.º e penúltimo, para a sexta ronda. 

Para já ainda não há nada concreto com quanto  ao proximo timoneiro do clube da luz, mas  José Mourinho, que foi despedido do Fenerbahçe há pouco tempo, está na linha da frente dos preferidos, O special one, recorde-se, já trabalhou com Mário Branco, atual diretor geral para o futebol. 

Em 2024, Rui Costa considerou a contratação de José Mourinho para substituir Roger Schmidt. Acabou por não avançar. Em maio, porém, confirmou que o treinador bicampeão europeu esteve em cima da mesa.

Cvsports com Lusa 

 
 
 
 
 
 

 

..............................

 

Partilhar