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Sal: FECADA e CNDHC assinam protocolo para fortalecer desporto adaptado e direitos das pessoas com deficiência

Sal: FECADA e CNDHC assinam protocolo para fortalecer desporto adaptado e direitos das pessoas com deficiência

A Federação Cabo-verdiana de Desporto Adaptado (FECADA) e a Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania (CNDHC) assinaram, hoje no Sal, um protocolo de cooperação, visando a inclusão e o empoderamento das pessoas com deficiência no país.
O protocolo, que foi selado na tarde de hoje, entre as duas instituições, representa um “passo crucial” na promoção e defesa dos direitos das pessoas com deficiência, utilizando o desporto adaptado como uma ferramenta de inclusão e exercício pleno da cidadania.
O presidente da FECADA, Júlio Fortes, destacou que este protocolo é um dos primeiros resultados concretos das recomendações do Fórum Nacional de Desporto Adaptado, realizado no final do ano passado pela Federação em conjunto com a CNDHC.
Fortes enfatizou o interesse e comprometimento da Comissão em estabelecer essa parceria, que permitirá a implementação conjunta de actividades, com foco na divulgação dos direitos humanos e na capacitação das organizações que actuam no desporto adaptado em Cabo Verde.
"Prevê-se com este protocolo, grandes realizações, sobretudo no que diz respeito aos direitos humanos e aos direitos das pessoas com deficiência, destacando a importância de tornar a acessibilidade e a verdadeira inclusão uma realidade no dia a dia das pessoas com deficiência, através de medidas práticas e concretas em áreas como acessibilidade, educação e inclusão social”, sublinhou.
Já a presidente da CNDHC, Eurídice Mascarenhas, por sua vez, expressou a honra e a oportunidade de colaborar nesta iniciativa, sublinhando a necessidade de fazer mais pela inclusão em Cabo Verde.
"O desporto adaptado tem um impacto enorme, é uma forma de também trazermos a própria cidadania que vai além de um acto simbólico, permitindo alcançar as comunidades a nível nacional, identificar pessoas mais vulneráveis e oferecer apoio e capacitação”, frisou.
A CNDHC manifestou disponibilidade para colaborar na capacitação de treinadores, reconhecendo a especificidade exigida pelo desporto adaptado.
A parceria também prevê programas e suporte técnico, com a sensibilização de estudantes universitários para especializações na área.
A presidente da CNDHC mencionou ainda a colaboração com a Ordem dos Engenheiros e Arquitectos, e com os municípios cabo-verdianos, visando uma comunidade mais inclusiva e acessível.
A acessibilidade, que engloba não apenas a vertente física, mas também a inclusão em espaços públicos e privados, foi um ponto crucial abordado pela presidente da CNDHC, que destacou a importância de sensibilizar a sociedade para a criação dessas condições, inclusive para turistas com necessidades específicas, vislumbrando um Cabo Verde que se torne um exemplo global nesta matéria.
"Direitos Humanos e Cidadania é um direito de todos, mas também é um dever de todos dar o seu contributo e estarmos mais sensíveis e mais atentos a quem está ao nosso lado e pode precisar de ter condições diferentes para poder, também, avançar e sentir", concluiu.
A assinatura deste protocolo representa um compromisso e uma união de esforços para impulsionar o desporto adaptado e garantir que as pessoas com deficiência em Cabo Verde “desfrutem plenamente” de seus direitos e de uma vida activa e participativa.
 

Com Inforpess

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