Di María entre os 20 investigados por apostas ilegais em Itália

As suspeitas remontam ao período em que o argentino defendia a Juventus
A imprensa italiana traz novos dados sobre o caso de apostas ilegais que assolou a Serie A e revela a identidade de 20 suspeitos. Um deles é Ángel Di María, atualmente atleta do Benfica e à data dos factos jogador da Juventus.
Segundo a investigação, os futebolistas participaram em jogos não autorizados pela Agência das Alfândegas e dos Monopólios entre 2021 e 2023, em particular em jogos de póquer online. Os organizadores criavam "salas fechadas", protegidas por palavra-passe e decidiam quem podia entrar no jogo.
Os 20 atletas em causa não entravam para ganhar dinheiro, mas apenas para "ocupar o tempo livre". A questão é que, a partir do momento em que entravam, estavam a associar-se a um esquema financeiro complicado.
Como conta o jornal italiano Corriere della Sera, os jogadores começaram por receber um crédito elevado dos organizadores das apostas e, depois, à medida que a dívida aumentava, eram encaminhados para uma ourivesaria para, aparentemente, pagarem o preço de um Rolex e de outros relógios de luxo com transferências bancárias. Apesar de receberem uma fatura, as compras nunca se concluíam e serviam apenas para pagar à casa de apostas. Os Rolex serviam, assim, como moeda de pagamento.
Nos últimos dias, a Polícia Judiciária italiana apreendeu mais de um milhão de euros nesta relojoaria.
Sandro Tonali e Nicolò Fagioli foram os primeiros e principais alvos desta investigação, mas relativamente a apostas desportivas. Apesar de já terem cumprido as respetivas sanções, os médios da Fiorentina e do Newcastle estão agora também sob investigação criminal por violação da lei 401 de 1989, que pune o jogo ilegal.
Os jogadores estão acusados de terem assumido o papel de angariadores de apostas e terem recebido bónus nas suas contas de jogo, em troca de "publicidade" à plataforma.
A multa será possivelmente pequena, no valor de 250 euros, mas podem surgir implicações a nível disciplinar, caso a federação de futebol italiana (FIGC) queira sancioná-los.
Além de Di María, os jogadores investigados são Alessandro Florenzi (AC Milan), Nicolò Zaniolo (ex-Roma), Mattia Perin (Juventus), Weston McKennie (Juventus), Leandro Paredes (Roma), Raoul Bellanova (ex-Empoli), Samuele Ricci (Torino), Cristian Buonaiuto (ex-Cremonese), Matteo Cancellieri (ex-Lazio e Empoli), Junior Firpo (Leeds United), o tenista Matteo Gigante e mais dez suspeitos que não são jogadores profissionais.
Com TSF