Eliseu Cardoso oficializa candidatura à presidência da Federação Cabo-verdiana de Futebol
O presidente do Conselho Nacional de Arbitragem, Álvaro Eliseu Cardoso, confirmou hoje à Inforpress ter já oficializada a sua candidatura à liderança da Federação Cabo-verdiana de Futebol, cuja eleição está marcada para 10 de Janeiro'2026.
As eleições para a presidência da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) realizam-se no próximo dia 10 de Janeiro de 2025, estando o prazo para entrega das candidaturas fixado em 29 de Dezembro.
Em entrevista à Inforpress, Álvaro Eliseu Cardoso, professor liceal de Física-Química e actual presidente do Conselho Nacional de Arbitragem da FCF, confirmou ter apresentado a sua candidatura à liderança da Federação, cujo documento foi entregue na passada sexta-feira, 26 de Dezembro.
O antigo árbitro assistente internacional afirmou que decidiu avançar para a corrida eleitoral com o objectivo de continuar a servir o futebol cabo-verdiano.
A decisão, explicou, surgiu após o actual presidente da FCF, Mário Semedo, pessoa por quem diz ter muita estima e reconhecimento pelo trabalho desenvolvido ao longo dos anos, ter anunciado, na comunicação social e confirmado na Assembleia-Geral em Julho último, que não seria candidato a um novo mandato.
De acordo com Eliseu Cardoso, foi a partir desse momento que começou a estabelecer contactos, tendo posteriormente formado uma equipa de apoio para sustentar a sua candidatura à presidência da Federação Cabo-verdiana de Futebol.
Quanto à possibilidade de se associar a uma eventual lista liderada pelo actual presidente, em parceria com o presidente da Associação de Santiago Sul, o candidato esclareceu que a sua decisão de avançar ocorreu num contexto em que Mário Semedo havia anunciado a sua não recandidatura
Acrescentou que, “com o apoio das Associações, foram trabalhadas ideias e projectos bem definidos”, razão pela qual não vê motivos para desistir, tendo já formalizada a candidatura junto da Comissão Eleitoral para as eleições de 10 de Janeiro.
Sobre a hipótese de uma lista de consenso, Cardoso afirmou não ter qualquer objecção a essa possibilidade, desde que houvesse vontade e manifestação de interesse para que tal acontecesse.
Relativamente à realização de eleições num momento em que o país está focado no apuramento para o Mundial de 2026, sublinhou ter plena noção do trabalho realizado pelo actual presidente federativo, tendo esclarecido que, em caso de vitória da sua lista, terá continuidade, com a introdução de novas ideias para o desenvolvimento do futebol interno e o reforço das acções ao nível das selecções nacionais.
Eliseu Cardoso considerou ainda que, num Estado de direito democrático, a realização de eleições, a apresentação de candidaturas e a mudança de lideranças devem ser encaradas com normalidade, defendendo que todos são úteis para dar o seu contributo.
Assegurou que as bases estão montadas para a preparação da selecção nacional e que nada será afectado.
Sobre as linhas orientadoras da candidatura, o presidente do Conselho Nacional de Arbitragem reafirmou que a sua equipa pretende dar continuidade a tudo o que de positivo tem sido feito na Federação apostando, simultaneamente, na implementação de novas ideias e projectos, com especial atenção à organização e ao desenvolvimento do futebol interno, bem como ao reforço das selecções nacionais.


