Cruz Vermelha apresenta plano pós-catástrofe e define estratégia de reconstrução pós tempestade Erin
A Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV) reuniu-se hoje na Praia com parceiros nacionais e internacionais para apresentar a estratégia de transição da resposta de emergência para a fase de reconstrução, quatro meses após a passagem da tempestade Erin.
O presidente da CVCV, Arlindo Carvalho, explicou que, após quatro meses de intervenção contínua no terreno, foi necessário realizar uma reflexão técnica sobre as acções executadas e a coordenação entre os diversos actores.
O dirigente sublinhou que a nova etapa pós-catástrofe exige uma “maior exigência técnica” e foco na resiliência das populações, implicando o lançamento de projetos que reforcem a capacidade das comunidades face a “futuras eventualidades”.
Segundo referiu, a Cruz Vermelha pretende enquadrar o seu contributo no Programa de Recuperação das Ilhas do Norte e das zonas afectadas, definido pelo Governo, e tirar o máximo proveito das parcerias nacionais e internacionais estabelecidas.
Arlindo Carvalho revelou que a instituição já possui um plano de intervenção pós-catástrofe a ser partilhado com parceiros, profissionais e voluntários.
O documento prevê acções concretas em áreas como agricultura, pecuária, pequenos negócios, habitação e saneamento.
“O objectivo é permitir que as famílias retomem a normalidade das suas vidas de forma definitiva”, avançou o presidente da CVCV.
Questionado sobre as dificuldades no terreno, Arlindo Carvalho indicou que a Cruz Vermelha realizou um levantamento detalhado das situações, com avaliação dos pontos fortes e fracos de cada acção, o que permitirá retirar lições e melhorar a coordenação futura com parceiros humanitários.
O responsável afiançou que a organização mobilizou cerca de 1,3 milhões de contos, através de dois mecanismos accionados – o Fundo de Socorro de Emergência e o Apelo de Emergência – além de contributos nacionais e do trabalho voluntário.
Arlindo Carvalho acrescentou que a organização acompanha igualmente a situação no Norte de Santiago e indicou que já existe um plano operacional para os municípios afectados.
As operações estão a ser organizadas com parceiros, após a identificação das áreas prioritárias definidas pelos levantamentos realizados no terreno.
Com Inforpress



