Participação das Seleções Sub-17 e Sub-19 no Trophy Challenge e as condições de organização com criticas pelo meio

Trophy Challenge 2025: Treinadora Adjunta Seleção Sub-17 critica péssimas condições de alojamento, alimentação e outras, enquanto o treinador do ABC e antigo Presidente da FCA diz que as condições nunca foram diferentes
A participação das Seleções Nacionais de Andebol Sub-17 e Sub-19 no Trophy Challenge aconteceu no meio de algumas dificuldades. Primeiro, ambas as equipas chegaram atrasadas ao palco da competição na Mauritânia e sofreram derrotas na primeira jornada por falta e comparência, depois as duras criticas proferidas pela treinadora adjunta dos sub-17 e reparos da adjunta dos sub-19 na sua pagina no facebook.
Falando à rádio publica, Kátia Fortes criticou a falta condições de alojamento, da alimentação e transportes no local e ausência do chefe da missão.
Ela disse que é "inadmissível" não haver camas e ou colchoes para a atletas dormirem, falta de agua para a higiene e alimentação de fraca qualidade.
A presidente da FCA, Ângela Almeida reconheceu que houve algumas dificuldades, uma vez que o tempo para preparação e inscrição na plataforma foi curto apenas de uma semana, ainda assim para a dirigente, que valeu a pena a participação .
Na opinião da presidente da Federação de Andebol, deve-se encarar as dificuldades e corrigir as falhas para que as coisas melhorem, mas afirma que nunca se deve desistir de lutar.
Enquanto isso, o treinador do ABC da Praia e antigo líder da Federação de Andebol, disse ao Cvsports Jogo Limpo, que o Trphy Challenge nunca ofereceu condições ideais e que Cabo Verde participou sempre.
Sem a intenção segundo avançou, de desvalorizar ou não o ponto de vista critico de cada um, Nelson Martins começou por explicar que se está perante uma direção federativa nova no inicio de funções, pelo que não seria fácil a mesma colocar duas Seleções para participar numa competição fora do país sem nenhumas dificuldades.
“ Eu também partilho a opinião da actual presidente da FCFA de que era necessário participar mesmo sabendo de antemão de algumas dificuldades. Por outro lado devo realçar que estamos com a versão de uma parte, mas seria ideal também ouvir a versão da organização. Também afirmo que sempre houve dificuldades no Trophy Challenge, déficit organizacional do país que recebe o torneio , problemas logísticos, mas nós sempre participamos”, realçou.
Nelson Martins disse ainda, “ mesmo quando fomos campeões do torneio, as mesmas dificuldades existiam, inclusive os treinadores principais de Sub-17 e Sub-19 participaram e sabiam quais as condições de navegação existentes ”.

Para o treinador do ABC e ex responsável máximo da FCA, deve-se sempre exigir melhores condições para os atletas, mas na sua opinião numa competição dessa natureza júnior, desde que as condições oferecidas à Cabo Verde sejam as mesmas postas à disposição das demais equipas participantes, ele defende que as nossas Seleções devem sim participar.
“ Eu acho que devemos participar sempre em que condições forem, desde que sejam iguais para todas as equipas participantes e estarmos em pé de igualdade. Se todos os participantes têm dificuldade com água, na questão de colchoes e alimentação que não foi a melhor, devemos nos adaptar como os outros. Agora, defendo sem culpar a actual direção da Federação que é nova, que futuramente devemos preparar os atletas das condições que irão encontrar no terreno e evitar possíveis ruídos e mal estar”, disse Martins, que não acredita na intenção da organização em querer prejudicar somente Cabo Verde.
Tendo em conta que os treinadores principais dos sub-17 e Sub-19 já conheciam a realidade do Trophy Challenge, porque já tinha estado noutras edições, o treinador do ABC e que já foi presidente da FCA, entende que primeiro as pessoas deveriam apresentar um relatório exaustivo no fórum próprio analisar tudo o que aconteceu e apontar medidas e novos caminhos à equipa directiva da Federação.
“ Agora, hora que normal ente os resultados não forem os que almejamos ou podíamos ter feito melhor, as críticas são mais contundentes, mas se tivéssemos ganho os dois troféus de primeiro lugar, acredito que os discursos seriam diferentes, com menos raiva e outros posicionamentos, dizíamos que apesar das dificuldades conseguimos ganhar, as coisas seriam suavizadas… mas não participar para mim está fora de questão”, frisou.
Sobre a necessidade do envio do chefe da comitiva com pelo menos vinte e quatro ou quarenta e oito horas de antecedência ao país palco da competição, Nelson Martins entende que, “obviamente seria o ideal fazermos isso , mas em nenhuma outra edição conseguimos enviar alguém responsável antes, até porque a Federação não dispõe de meios para tal e ou mesmo para suportar quaisquer outras despesas localmente por falta de verbas”.
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