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São Vicente: Primeira dupla cabo-verdiana a competir no Volleyball World Beach realça experiência adquirida na prova

São Vicente: Primeira dupla cabo-verdiana a competir no Volleyball World Beach realça experiência adquirida na prova

A primeira dupla cabo-verdiana a competir no Volleyball World Beach Pro Tour Futures, que arrancou hoje na praia da Laginha, destacou a experiência adquirida por ter participado nesta competição, apesar de ter perdido nas preliminares.

Segundo Maria Lima e Catarina Fonseca, que foram derrotadas por 2-1 nas preliminares contra Dyenaba e Diouma, do Senegal, a expectativa era obter um bom resultado, mas o mais importante foi a “experiência incrível” vivida neste circuito mundial.

“Jogar em casa deu-nos mais confiança, porque toda a gente que nos conhece estava a apoiar-nos. Mas o essencial foi mostrar aquilo que aprendemos, conhecer novas pessoas, novas culturas e viver esta experiência”, afirmou a dupla.

Por sua vez, Catarina Fonseca mostrou-se contente por ter tido a oportunidade de disputar esta prova mundial, reforçando que, mais do que alcançar um bom resultado, “o importante é ganhar experiência”.

Para o presidente da Federação Cabo-verdiana de Voleibol, António Rodrigues, ter a prova a acontecer na ilha de São Vicente é o concretizar de um sonho, materializado através de um projecto que apresentou à Federação Internacional de Voleibol.

Segundo aquele responsável, hoje decorrem as eliminatórias, nas quais vão acontecer mais de 20 jogos a nível masculino e feminino, e as equipas vencedoras vão juntar-se às que já estão no quadro principal da competição.

“Teremos aqui mais 27 duplas masculinas e 25 femininas, dentro do plano geral, excluindo as eliminatórias de hoje, que se vão juntar às que já se encontram no quadro principal. Temos somente uma dupla feminina, de juniores, saída dos Jogos Escolares, que fará uma eliminatória com a equipa do Senegal. São os dois países africanos presentes nesta competição”, explicou.

Conforme António Rodrigues, a participação do Senegal na prova aconteceu graças ao convite que dirigiu à federação daquele país.

“Mostrei a minha indignação por estar a realizar-se uma prova em Cabo Verde sem duplas africanas. Isso, muitas vezes, deve-se aos problemas de ligação que São Vicente tem com o continente, mas, felizmente, temos esta dupla senegalesa que vai competir com a cabo-verdiana”, afirmou.

O presidente da Federação Cabo-verdiana de Voleibol explicou ainda que o atraso no início da prova, em relação à programação geral, se deveu a constrangimentos, principalmente à tempestade Erin em São Vicente, que quase levou à desistência do evento, obrigando, porém, a algumas alterações.

Mas, realçou, agora pretendem “brindar São Vicente com o voleibol e aproveitar para trazer um número muito elevado de pessoas”.

Segundo a mesma fonte, além da participação de voleibolistas cabo-verdianos, a prova conta com a presença da “família nata do voleibol internacional”, destacando-se duplas de Inglaterra, do Brasil, do Japão, da Austrália e da Polónia, esta última que trouxe quatro duplas e ficou à espera de desistências para inscrever mais atletas.

C/inforpress

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